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O sorriso por trás da máscara – Izabel: a gestão, força e empatia em momentos de crise

Izabel Avelar, 59 anos. Gestora executiva do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) há seis anos. Além disso, Izabel também é professora, sanitarista e epidemiologista. O desejo de trabalhar na área de saúde veio no meio da adolescência.

Desde que chegou no hospital, a gestora enfrentou vários desafios. Izabel conta que, com o início da pandemia em Pernambuco, o hospital já estava se preparando para o que viria, mas apesar do preparo, todos foram pegos de surpresa. “O desafio foi: preparar o hospital para receber essa carga enorme e trabalhar com os medos de todos”, conta. “Isso é totalmente justificável. Estávamos em um momento de muitas situações difíceis. Era tudo muito novo”, lembra ela.

“O desafio foi: preparar o hospital para receber essa carga enorme e trabalhar com os medos de todos”

Izabel diz que a pandemia fez com que toda a equipe do hospital fosse reformulada para dar conta da demanda de pacientes que chegava ao hospital a todo momento. “Tivemos o cuidado de dar o nosso melhor o tempo todo porque sabíamos que a nossa responsabilidade era, não só com o paciente, mas também com os familiares”, destaca. Sobre a situação psicológica, ela diz: “eu acho que não houve uma pessoa que não foi afetada psicologicamente com essa situação. Eu, particularmente, tive problemas com ansiedade e, acredito, que um pouco de depressão também.”

Uma das maiores dificuldades, segundo ela, foi a negação de grande parte da sociedade com relação à pandemia. “As pessoas negavam a ciência. Isso veio desde a presidência do país, até pessoas comuns”, destaca. Ela conta que ficou chocada porque soube que pessoas estão fraudando o cartão de vacina e pagando por isso ao invés de aceitar a imunização.

“Nós somos sobreviventes.”

“A pandemia veio para mexer com todos desde as crianças até os idosos”, diz. “Olhar as ruas e vê-las vazias e as pessoas usando máscaras me deixou com medo. Eu cheguei a ficar sem saber o que fazer”, conta. Ela recorda de um episódio em que precisou ir em uma farmácia e teve uma crise de pânico antes de entrar porque, segundo ela, em sua mente, a farmácia estava lotada.

Ela destaca que houve um momento no qual um paciente que estava muito debilitado mas conseguiu se recuperar e receber alta. “Eu fiquei muito feliz junto com a minha equipe quando fechamos os leitos de COVID”, relata.

O antes e o depois…

“O trabalho mudou completamente. A demanda foi maior. Hoje eu sou uma outra pessoa e vejo que precisamos de uma sociedade mais justa e mais empática”, destaca. “Apesar de toda a parte ruim da pandemia, hoje eu posso dizer que passei por uma pandemia e fiz algo pela sociedade. E isso é muito gratificante”, pontua.

Na parede da sala onde fica Izabel, ficam colados todos os planos diários para o momento de crise. A cada dia, a quantidade e o conteúdo dos papéis mudam.

Izabel fala que ter fé a ajudou a acreditar que tudo isso tinha um propósito. Ela diz que “não há como não acreditar que isso tudo aconteceu por um motivo”.

Ela elogia o trabalho do hospital frente à pandemia e diz que conseguiu ver a unidade sendo protagonista no meio da batalha contra a COVID-19. “No princípio todo mundo se assustou. Uns chegaram e se disponibilizaram para ficar na linha de frente e outros não quiseram. E eu compreendo os dois lados. Cada um conhece seus limites. Mas todo mundo viu o poder do nosso hospital”, enfatiza.

A esperança…

“O que me faz sorrir hoje é a existência da vacina. Eu consigo sorrir quando vejo que muita gente vê que o negacionismo foi a pior coisa que aconteceu em nossas vidas. Eu fico feliz quando vejo as pessoas naturalizando o uso da máscara e mantendo as medidas de proteção contra o vírus”, destaca Izabel.

A mensagem que ela deixa para a sociedade é: “precisamos de uma outra sociedade. Uma sociedade que seja mais justa e mais empática; que pense melhor em quem está elegendo. É necessário darmos as mãos e entender que precisamos mudar. Dessa forma vamos conseguir sobreviver”.

Apesar de todas as lutas diante da pandemia, Izabel consegue sorrir, agora, mesmo por trás da máscara.

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O sorriso por trás da máscara – Demétrius: a importância da ciência e da empatia

Demétrius Montenegro, 51 anos. Infectologista e coordenador do serviço de infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Sempre teve o desejo de trabalhar na área de saúde. Ele conta que, quando pequeno brincava de fazer massagem nas pernas da avó que tinha problema de varizes. “Minha mãe conta que eu já mostrava que queria ser médico e que brincava sobre isso fazendo massagem nas pernas da minha avó”, conta.

Antes da pandemia chegar em Pernambuco, ele relata, o trabalho seguia o fluxo normal para a função. Quando os casos de COVID-19 começaram a surgir nos outros países, Demétrius se reuniu com a direção do hospital prevendo a chegada dos casos no estado. “Mesmo com essa previsão, os casos chegaram muito rápido e foram bem maiores do que o esperado. Em dois dias mudamos toda a estrutura (do HUOC) e isso foi impactante para todo mundo”, conta.

“Em dois dias mudamos toda a estrutura (do HUOC) e foi impactante para todo mundo.”

Demétrius tem outro vínculo em uma unidade de saúde que não é ligada à UPE, mas, por conta da demanda, ele foi cedido, com esse vínculo, para o hospital o que prova a magnitude e o impacto da pandemia em Pernambuco. “Viemos de uma preparação que não foi nada perto do que recebemos. Eu tive muito medo quando o primeiro caso chegou aqui no hospital. Quando fui examiná-la (a paciente) eu parei e refleti. Eu vi que ali tinha uma pessoa que estava com muito mais medo que eu. Então a partir desse momento eu perdi o medo”, conta o profissional.

“Foi muito cansativo. Foi muito pesado”, relata. Ele conta que, apesar de tudo isso, ele conseguiu manter o controle psicológico. Segundo ele, após sair do hospital e ir para casa, ele conseguia seguir todos os cuidados. Ele vive com a esposa e o filho. “O máximo que a gente fazia era entrar no carro e passear pela cidade. Nós seguíamos todos os protocolos”, conta ele, destacando que o processo foi ainda mais completo porque a esposa dele também é da área da saúde e, junto com ele, seguiu os protocolos à risca.

Sobre um momento marcante durante a pandemia, ele fala sobre o primeiro plantão trabalhando lado a lado com outras profissionais que eram novas no hospital. Na ocasião, o paciente teve uma parada respiratória e as duas não tinham tido, até o momento, nenhuma experiência parecida. O paciente precisou ser intubado, mas elas, conta ele com orgulho, “demonstraram muita coragem e profissionalismo”.

O antes e o depois…

Sobre toda a experiência frente à pandemia, Demétrius diz que sempre trabalhou ciente da possibilidade de casos parecidos com o da COVID-19. “Foi assim com a gripe, foi assim com o EBOLA. Eu sempre soube que isso poderia acontecer algum dia. Mas nunca pensei que seria dessa forma. A pandemia reafirmou meu compromisso com a área que escolhi e destacou ainda mais a importância de ter empatia dentro da minha profissão”, destaca.

“A pandemia reafirmou meu compromisso com a área que escolhi e destacou ainda mais a importância de ter empatia dentro da minha profissão”

O trabalho do HUOC, segundo ele, foi excelente. “O Oswaldo Cruz nasceu pra isso. Ele nasceu para combater esse tipo de situação. E cada dia que passa ele vem mostrando sua força e importância. Sempre foi um hospital que cumpriu o papel ao qual foi idealizado”, completa.

A esperança…

“A esperança surgiu desde que a primeira pessoa tomou a primeira vacina. Tivemos medo no início por conta da demora na chegada (das vacinas), mas estamos no caminho certo”, conta. “A gente fica mais animado, com certeza, mas ainda precisamos seguir os cuidados. A pandemia não acabou”, destaca.

“O que me faz sorrir é ver que os número estão caindo quando recebo os boletins diários sobre os casos de COVID no hospital. Isso me deixa muito feliz. A vida também me deixa feliz. Saber que estou bem e que minha família está tranquila e com saúde me faz muito feliz”, completa.

A mensagem que ele deixa é: “temos que acreditar na ciência e ter empatia com o próximo. Tendo isso como base é possível enfrentar qualquer guerra sanitária.”

Apesar de todas as lutas diante da pandemia, Demétrius consegue sorrir, agora, mesmo por trás da máscara.

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O sorriso por trás da máscara – Débora: a reabilitação de pacientes e a mudança da própria rotina

Débora de Lourdes, 48 anos. Fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva de Doenças Infecto Parasitárias (UTI-DIP) no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Além disso, a profissional desempenha a mesma função na Unidade de Recuperação Cardiotorácica (URCT) pediátrica em outra unidade hospitalar ligada à Universidade de Pernambuco: o PROCAPE.

Débora de Lourdes, 48 anos. Fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva de Doenças Infecto Parasitárias (UTI-DIP) no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HOUC).

“Eu sempre me voltei para a área de saúde. Desde a adolescência. Eu nunca tive dúvidas sobre a área que queria seguir na vida profissional”, conta Débora, quando lembra de como entrou na área que escolheu seguir. Ela conta que, antes da chegada da pandemia em Pernambuco, a UTI-DIP já tinha leitos reservados para a COVID-19 desde o mês de janeiro, mas quando o primeiro caso chegou na unidade todos foram pegos de surpresa. Isso se deu, segundo ela, por conta da falta de contato de toda a equipe com a situação. “Era tudo muito novo”, conta.

“Foi muito difícil mentalmente, psicologicamente e fisicamente também. Quando os casos começaram a chegar, em massa, para a UTI, recebíamos pacientes com os pulmões bastante comprometidos que precisavam de um cuidado extremo”, relata. Ela diz que uma das coisas mais difíceis no início foi a adaptação com a paramentação. “Eu cheguei a ter lesões no rosto por conta da N95 (a máscara). A situação era tal que, às vezes, tínhamos vontade de ir ao banheiro e a gente evitava porque isso significaria que era necessário tirar a paramentação e depois colocar tudo de novo”, completa.

“Eu cheguei a ter lesões no rosto por conta da N95. […] às vezes tínhamos vontade de ir ao banheiro e a gente evitava porque isso significaria que era necessário tirar a paramentação e depois colocar tudo de novo”

Ela conta que uma das coisas mais marcantes em todo esse período foi quando a pronação se fazia necessária. Pronar o paciente consiste em posicioná-lo no leito com a barriga voltada para baixo. Débora conta que houve ocasiões de mais de trinta horas com o paciente sendo pronado devido à gravidade do caso. “Tínhamos um protocolo novo para tudo porque tudo no COVID é diferente dos outros casos. E isso gerou muito desgaste no início. Até serem criados protocolos fixos para os casos de COVID, nós tivemos que trocar ideias com outros profissionais e seguir o que era dito pelas autoridades de saúde”, relembra.

“Tínhamos um protocolo novo para tudo porque tudo no COVID é diferente dos outros casos.”

A fisioterapeuta tem a responsabilidade de utilizar métodos para reabilitar o paciente. Segundo ela, nem sempre a recuperação total é alcançada, mas o fisioterapeuta tem o papel de melhorar as condições físicas da pessoa que fica na UTI até o momento em que não precisa mais de um cuidado intensivo. Após isso ele é direcionado à enfermaria e fica lá até receber alta. Débora lembra que houve casos em que o paciente foi liberado da UTI e chegou na enfermaria com as condições quase perfeitas para receber alta.

Este é um dos respiradores que ficam dentro da UTI. Ele controla o fluxo respiratório do paciente.
Essas são as válvulas que liberam oxigênio e ar comprimido nas quantidades necessárias ao paciente. Elas ficam ligadas aos ventiladores

Sobre a condições psicológicas devido ao trabalho, a fisioterapeuta conta que enfrentou dificuldades. Segundo ela, quando surgiu a pandemia, a insônia se tornou presente na rotina. Ela passou a dormir pouco e a ansiedade também aumentou. “Eu começava a sofrer com a ansiedade dois ou três dias antes do meu plantão”, conta. Débora vive com a mãe que tem hipertensão. Ela conta que foi muito complicado ter que mudar todo o funcionamento e comportamento.

“Cada vez que eu saía de um plantão eu saía com a sensação de que eu havia me contaminado.”

“Eu ia pra casa para encontrar minha mãe e meu irmão. Eu tinha que decidir todos os dias se permanecia em casa ou não. Eu perdi peso. Foram cinco quilos a menos. Isso nunca aconteceu comigo”, conta ela. “Houve um plantão que eu não consegui descer para atender os pacientes. Eu chorei muito. Eu fiquei descompensada. Também era muito difícil sair na rua e ver tudo deserto e chegar no hospital para lidar com o desconhecido”, relata.

A profissional fala de um personagem muito importante nesse processo e que também trabalha no HUOC: Pedro. Ele é psicólogo. Débora conta que Pedro a ajudou na hora de decidir se iria ou não sair de casa por conta do medo da COVID. “Eu tinha para onde ir. Duas amigas minhas me chamaram e disponibilizaram um espaço para dividirmos. Mas ele (Pedro) me ajudou a pesar os prós e os contras de qualquer que fosse a decisão”, conta.

“Após isso eu decidi que iria ficar em casa com minha mãe porque ela depende muito de mim. Mas pra isso foi necessária uma readaptação total. Tive que usar máscaras em casa, comer em mesas diferentes também; separei copos, pratos e talheres. Tudo foi reorganizado”, destaca. Débora fala com emoção de um momento, em casa, que olhou para a mãe no corredor e chorou porque não podia abraçar e conviver com ela da forma que estava acostumada.

Ela lembra de um paciente que chegou na UTI e em poucos dias foi a óbito. Ele era jovem, mas era obeso e não conseguiu se recuperar. Mas por um outro lado, ela conta, “houve momentos de muita alegria. Pacientes que chegaram aqui muito debilitados, mas que superaram a doença e saíram bem”, conta.

O antes e o depois…

“Eu sempre fui uma pessoa que gosta de cuidar. Já me peguei várias vezes prolongando o atendimento porque eu começava a conversar com o paciente e virava quase uma terapia. Isso era sem pensar. Sempre tive muito cuidado e empatia. Mas a Débora de hoje é muito mais corajosa. Sempre valorizei a vida, mas hoje eu valorizo muito mais. Eu vejo a importância de manter o contato com os familiares e amigos e falar sempre que possível”, diz ela.

Ela elogia bastante o trabalho do Hospital Universitário Oswaldo Cruz frente à pandemia. “Foi positivo. Foi decisivo. O hospital mudou e cresceu do dia para a noite se tornando um hospital aberto para pacientes de COVID. Eu nunca vi um hospital se estruturar dessa forma, em especial para a população mais carente”, destaca ela com orgulho na fala.

A esperança…

“O que me faz sorrir hoje são as vitórias que eu vi acontecer com os pacientes que tiveram alta, com os colegas que trabalho que tiveram perdas, mas conseguiram superar e ajudar outras vidas. Fico muito feliz em ver o amor sendo exacerbado nas famílias e na minha também. Nunca fui tão acolhida como fui nesse período. Eu recebia ligações de amigas e amigos falando ‘Débora, quando você quiser pode ligar’. Isso foi incrível”, lembra a fisioterapeuta falando sobre os motivos a fazem sorrir.

“Eu sofri preconceito por trabalhar na linha de frente. Algumas pessoas tinham medo de chegar perto de mim. Mas meu irmão me ligou falando que em casa ninguém tinha medo. E isso me deixou muito feliz.”

Ela deixa uma mensagem em forma de apelo: “já temos a vacina, mas é importante que ninguém deixe os cuidados contra a doença. Temos que continuar tendo cuidado. A pandemia é real. Então cuidem uns dos outros.”

Apesar de todas as lutas diante da pandemia, Débora consegue sorrir, agora, mesmo por trás da máscara.

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O sorriso por trás da máscara – Heleno: a alegria na missão de ajudar

Heleno Santos, 46 anos. Coordenador de manutenção, obras e serviços no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Há seis anos na unidade, nunca pensou que enfrentaria uma pandemia.

Heleno Santos, 46 anos.

Heleno já passou pelo cargo de presidente do Sindicado dos Servidores da Universidade de Pernambuco (SINDUPE) sendo o responsável pela compra do terreno onde hoje é a sede da organização. Mesmo passando por muitos cargos dentro da Universidade de Pernambuco, ele conta que a pandemia mudou drasticamente o trabalho e que nunca passou por nenhuma situação parecida. “Nossa equipe precisou aumentar. Tínhamos uma equipe de 24 profissionais para cuidar de toda a parte estrutural do hospital e essa quantidade subiu para 48 por conta da pandemia. Tivemos que reformar as enfermarias às pressas”, lembra.

“Eu estava no carnaval quando recebi uma ligação do hospital informando que o primeiro paciente com COVID havia chegado (no HUOC) e desse dia em diante a gente não teve mais paz. Era uma correria todo dia”, relata Heleno falando sobre o início da pandemia no ambiente de trabalho. Ele conta que um dos maiores desafios no início foi ter que lutar para salvar vidas e ao mesmo tempo ver o presidente da república defendendo medidas sem comprovação científica. “Eu me obriguei a não adoecer da mente porque eu sabia que, se isso acontecesse, minha equipe iria desempenhar um papel aquém do que ela poderia”.

“Eu me obriguei a não adoecer da mente porque eu sabia que, se isso acontecesse, minha equipe iria desempenhar um papel aquém do que ela poderia”.

Ele conta que sempre teve um viés político muito forte e que, mesmo vendo o presidente do Brasil não investindo em soluções para a melhoria da nação diante da pandemia, isso o deixou com mais força e disposição para continuar e lutar.

“Perdi amigos do hospital para a COVID. Pessoas muito queridas. Passar por isso foi muito difícil”, afirma. Heleno diz que uma das pessoas era funcionária do Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (IAUPE). Essa mulher salvou o bebê, mas não resistiu. Ela estava grávida. “Perdi pessoas muito queridas ao longo da pandemia. Amigos de vida política. José Inácio (o Zezinho), Moacir… Pessoas que eu militei a vida toda no movimento sindical”, relata.

O antes e o depois…

“Eu fiquei mais sensível. Comecei a dar mais valor à vida e fiquei mais consciente do nosso papel como ser humano diante da sociedade”, afirma Heleno quando perguntado sobre o que mudou nele com a vivência na pandemia. “Em tudo temos o lado positivo e o lado negativo. Dessa pandemia temos que tirar o aprendizado que a gente teve no lado negativo”, diz Heleno. “Acho que quando a gente sair completamente (da pandemia), vamos ser outras pessoas. Não tem como sair igual dessa situação”, completa.

“Acho que a pandemia nos aproximou mais do lado humano.”

“Eu me orgulho do profissional que sou, mas reconheço minhas dificuldades. Eu sou uma pessoa muito pé no chão”, diz Heleno sobre o trabalho que desempenha no hospital. “Eu me sinto muito feliz em ajudar. Gosto muito dessa função que eu chamo de missão”, completa.

Heleno fica responsável por coordenar a equipe que organiza os leitos e toda a parte de infraestrutura da unidade. Ele diz, com alegria, que é muito bom organizar tudo para o paciente ser recebido e vê-lo se recuperar. “Pra mim é motivo de muita gratidão e alegria”, conta.

Sobre o trabalho da direção do hospital frente à pandemia, ele parabeniza o desempenho e diz que, em trinta e três anos dentro do hospital, nunca viu a unidade agir tão rápido e de forma tão satisfatória diante de um problema como dessa vez. Ele fala também das conquistas que o HUOC teve com dinheiro próprio. Por ser sindicalista e muito ligado à política, ele fala com orgulho sobre o respeito que a unidade hospitalar conseguiu formar na sociedade ao longo dos anos. Ele também elogia o trabalho do SINDUPE. Para ele, seria impossível chegar onde se está hoje sem a ação do sindicato.

A esperança…

“Eu vejo o futuro com muito otimismo. Acho que, com a chegada da vacina, tudo vai melhorar. Aqui no hospital eu e minha equipe já desativamos várias unidades de internação para a COVID. Hoje só temos a UTI Júlio de Melo para receber pacientes de COVID-19”, diz ele com um ar de otimismo e sorriso no rosto.

“Aqui no hospital eu e minha equipe já desativamos várias unidades de internação para a COVID.”

“É muito bom passar por um amigo e saber que ele foi intubado, mas hoje está bem e se recuperou”, destaca.

A mensagem que ele deixa para a sociedade é: “Sejam pacientes. Sejam humildes. Nada é por acaso. Estamos saindo dessa situação mais fortes e mais experientes. Faça o certo agora que a colheita vem na hora certa.”

Apesar de todas as lutas diante da pandemia, Heleno consegue sorrir, agora, mesmo por trás da máscara.

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O SORRISO POR TRÁS DA MÁSCARA – Emanuela: uma mãe na UTI pediátrica

Emanuela Rocha, 37 anos. Técnica em enfermagem no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Chegou à unidade no ano de 2006 e, inicialmente, trabalhava no setor e oncologia pediátrica. Após o período de gravidez, voltou ao trabalho, mas em um outro setor. Há 14 anos ela desempenha a profissão na UTI pediátrica.

Emanuela Rocha, 37 anos. Técnica em enfermagem no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC).

“Sempre foi meu desejo trabalhar na área de saúde. Desde a infância. Queria ser pediatra, mas não consegui ser aprovada no vestibular. Mas eu precisava encontrar uma forma de cuidar. Então eu procurei a enfermagem e sou formada há 17 anos”, contou a profissional quando lembra da trajetória até aqui.

Quando a pandemia chegou em Pernambuco ela foi uma das profissionais que ficou na linha de frente no enfrentamento. Ela conta quando o que mais a deixou chocada foi o momento em que os pacientes (crianças) precisavam ser separados dos pais. Para ela isso causou forte comoção. “Em pediatria tudo é muito diferente. Parece que o trabalho é mais humanizado. O olhar do profissional para o paciente é mais cuidadoso. E no contexto de pandemia, ter que separar a criança dos seus pais é muito complicado”, relata a técnica.

Dessa linha no chão para dentro, somente os profissionais de saúde tinham acesso às crianças. Isso para Emanuela foi uma das coisas mais marcantes.

“Como ela (a criança) está sem o responsável, nosso trabalho se torna ainda mais importante e delicado porque precisamos cuidar para que além da saúde física, a criança não tenha a saúde psicológica abalada por conta dessa ausência”, diz Emanuela sobre o principal desafio no início da pandemia. Ela conta que quando surgiu a COVID-19 a rotina de trabalho mudou completamente. Antes, conta, “os cuidados eram os comuns para a área e função”. Quando o primeiro caso suspeito chegou a ordem foi “fecha tudo. Temos que usar toda a paramentação. Ninguém pode entrar.” Isso foi chocante.

“As crianças que chegaram com suspeita ou confirmação, praticamente eram arrancadas dos braços dos pais e isso era muito difícil de presenciar. A criança gosta do carinho da mãe e, quando não tem, tudo se torna mais difícil”, relata. Quando perguntada sobre o que a pandemia trouxe de mudança para o desempenho da função ela diz: “nosso trabalho ficou voltado a, além e tratar o paciente, dar uma atenção maior a ele para amenizar a ausência dos pais”.

“Muitas vezes tivemos que ser a mãe dessas crianças. Dar colo. Ninar. Dar comida do mesmo jeito que a mãe dava. Isso foi muito desafiador.”

A técnica lembra que, quando chegou o primeiro caso no qual era necessária uma intubação, todo mundo era inexperiente e houve muita dificuldade em saber quais os protocolos a serem seguidos. Esse primeiro caso, segundo ela, foi bem drástico e marcante. Emanuela conta que toda a situação desorganizou a mente de toda a equipe. Segundo ela, houve muita relutância dos profissionais, no início, junto à chefia médica e o método criado para amenizar o problema foi disponibilizar tablets para que as crianças pudessem se comunicar com os pais e parentes através das chamadas de vídeo, que ficaram muito populares desde o início da pandemia. Ela conta que isso ajudou muito, inclusive, no quadro de saúde dos pequenos.

“Eu não desenvolvi nenhum quadro de ansiedade e nem de depressão. Mas não deixou de ser difícil. Eu me recordo que muitas vezes já deixei de ir pra casa por ter medo de levar a doença para lá. E isso foi angustiante”, conta. Emanuela é casada e tem dois filhos. Ela conta que, quando a pandemia chegou no estado, reorganizou toda a estrutura da casa, desde a entrada até os cômodos. “Eu estacionava o carro em casa e todo mundo já saía de perto para não termos contato. Tudo para evitar uma contaminação”, lembra.

“Por trabalhar diretamente nesta situação, eu não tinha contato físico nenhum com ninguém em casa. Usava máscara o tempo todo.”

Ela lembra, com emoção, de uma adolescente chamada Emilly. Ela foi acompanhada pela técnica desde a internação em um outro hospital de rede pública. A paciente teve falência nos membros inferiores e precisou ser intubada quando chegou na UTI do HUOC. “Esse caso me marcou porque depois de toda essa dificuldade ela (a paciente) recebeu alta”, conta Emanuela sobre os casos marcantes durante o trabalho na pandemia.

Há 14 anos ela desempenha a profissão na UTI pediátrica.

Emanuela perdeu um tio para a COVID-19. Ela diz que, por trabalhar na área ela sabe de todo o processo ao qual o paciente positivado é submetido. Para ela, a dificuldade maior era saber de tudo e mesmo assim continuar forte para ajudar os familiares diante da situação. “Para mim foi chocante saber dos procedimentos e acompanhar o passo a passo sendo com um familiar meu”, lembra.

O antes e o depois…

“A gente se ressignificou diante da pandemia. Nós que trabalhamos na linha de frente não temos feriado. Não tem dia livre. Minha quarta-feira virou um domingo. Hoje eu aproveito cada momento com minha família. Não sabemos o dia de amanhã. E foi isso que eu aprendi com a pandemia”, relata. “Eu vejo a minha profissão como algo extremamente importante. Sempre vi dessa forma. Mas agora o técnico de enfermagem está recebendo uma maior valorização. Antes o técnico era visto só como alguém de dá banho no leito. Hoje se entende que não é só isso”, enfatiza.

Quando perguntada sobre o trabalho da direção hospitalar diante da pandemia, ela elogia e destaca que foi um trabalho muito bem organizado e rápido. Apesar da falta de conhecimento no início, segundo ela, o hospital conseguiu fazer um trabalho rápido e se superar no enfrentamento à COVID.

A esperança…

“Hoje o sentimento é de alívio. Ainda precisamos de todos os protocolos e paramentações, mas já vemos uma luz brilhando. Já houve momentos em que tivemos que passar doze horas paramentadas. É bem difícil isso. A máscara N95 machuca muito. Então a sensação de que tudo está acabando traz um alívio muito grande para todos nós. O sentimento é de gratidão por tudo está ficando bem”, diz.

E completa: “a mensagem que eu deixo é que, mesmo com tudo melhorando com a chegada da vacina e a diminuição dos casos, devemos continuar com os cuidados. Não é fácil estar na linha de frente e sair do trabalho e ver que muitas pessoas não acreditam na pandemia, que é real. O vírus mata e é perigoso. Peço que as pessoas continuem tomando cuidado.”

Apesar de todas as lutas diante da pandemia, Emanuela consegue sorrir, agora, mesmo por trás da máscara.

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O SORRISO POR TRÁS DA MÁSCARA – Sabryna: a missão de cuidar

Sabryna Sanguineto, 26 anos. Enfermeira intensivista da Unidade de Terapia Intensiva de Doenças Infecto Parasitárias (UTI-DIP) no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HOUC). Formada no curso superior de enfermagem e especializada em tratamento intensivo, nutria o desejo de trabalhar na área da saúde desde o período do Ensino Médio.

Sabryna Sanguineto tem 26 anos e é enfermeira intensivista na Unidade de Terapia Intensiva de Doenças Infecto Parasitárias (UTI-DIP) no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HOUC).

A pandemia chegou para ela como uma bomba, do ponto de vista negativo, mas também, olhando por um lado mais otimista, como um momento de enorme aprendizado. Ela encerrou o período de residência no início de março, começou as atividades no HUOC e teve os dois primeiros plantões tranquilos. A partir do terceiro, de acordo com ela, o caos foi instaurado e todos da equipe foram pegos de surpresa.

“Lembro de várias macas entrando sem poder ter nenhum contato externo ou interno, por conta da COVID-19, e os pacientes que já estavam internados com com outras doenças tiveram que ser transferidos para um setor diferente. Parecia um cenário de guerra. Foi algo assustador”

“Tínhamos apenas sete leitos e acrescentamos mais três que foram montados às pressas. Isso foi um choque porque era tudo muito novo. Um contexto de pandemia onde ninguém sabia direito o que e nem como fazer”, conta. “Lembro de várias macas entrando sem poder ter nenhum contato externo ou interno, por conta da COVID-19, e os pacientes que já estavam internados com com outras doenças tiveram que ser transferidos para um setor diferente. Parecia um cenário de guerra. Foi algo assustador”, relata a enfermeira quando perguntada como foi o início da pandemia e o que mudou no desempenho da função.

No cargo de enfermeira, Sabryna ficou responsável por gerenciar e dirigir uma equipe com outros profissionais. Apesar da experiência no período de residência, ela explica que ninguém cogitou a possibilidade do desempenho da função em um contexto pandêmico. Ela conta que o maior desafio foi ter que assumir uma postura de liderança diante de uma situação para a qual ninguém tinha preparo até o momento.

“A gente tinha 12 horas de plantão, mas não existia uma hora específica para o almoço. Era simplesmente ter que comer nos poucos minutos que tínhamos e já voltar ao posto porque eram dez pacientes potencialmente graves que precisavam de monitoramento o tempo todo. Junto ao cansaço físico e mental, tínhamos também a falta de experiência com a situação, o que deixava toda a equipe ainda mais apreensiva”, relata.

“A gente tinha 12 horas de plantão, mas não existia uma hora específica para o almoço. Era simplesmente ter que comer nos poucos minutos que tínhamos e já voltar ao posto porque eram dez pacientes potencialmente graves que precisavam de monitoramento o tempo todo.”

Ela conta que houve dias em que a dobra de turno foi necessária porque alguém da equipe adoeceu e precisou ser substituído. Aos poucos, segundo a profissional, a confiança da equipe foi fortalecida por conta dos cursos de formação e educação permanente que foram prestados pela direção do HUOC (elogia) com o foco no contexto pandêmico.

Sobre a condição psicológica, a enfermeira conta que houve momentos de choro, taquicardia e ansiedade. “Apesar de ter uma visão otimista sobre a situação, eu desenvolvi um princípio de ansiedade. No ambiente de trabalho eu conseguia me manter firme. Mas em casa, por vezes, eu chorava antes de dormir; tinha taquicardia. Era uma sensação de que algo estava errado”, completa. Ela diz que, no momento, a situação (psicológica) está sob controle e que já consegue passar, fortalecida, pelos desafios que ainda surgem no contexto.

“…em casa, por vezes, eu chorava antes de dormir; tinha taquicardia. Era uma sensação de que algo estava errado”

“O que mais me marcou nesse período foi a cena do meu terceiro plantão com várias ambulâncias do SAMU chegando com pacientes a todo momento. Era algo que não estávamos habituados. E isso me chocou”, conta.

Sabryna fala sobre um colega de trabalho chamado Felipe. Ele era técnico em enfermagem. Os dois se conheceram no período de residência, que aconteceu pouco antes da pandemia chegar em Pernambuco. Segundo ela, o jovem começou apresentando sintomas característicos da COVID-19 e pouco depois precisou ser entubado. Infelizmente ele veio a óbito. Com emoção nos olhos, ela lembra da avó, que também foi levada pela doença, mas prefere não entrar em detalhes.

O antes e o depois…

“Eu acredito que diante das dificuldades que passamos a gente consegue sair mais forte. Essa tem sido uma batalha que eu, assim como os outros profissionais da área, travamos e com certeza saímos dessa bem mais fortalecidos”, diz a enfermeira quando chamada à reflexão acerca de como ela era e do que aprendeu com a pandemia.

“Eu me orgulho da profissional que eu sou. Eu amo minha profissão. Eu digo isso a todo mundo. Não me vejo fazendo outra coisa. Eu gosto de cuidar de pacientes graves e acredito que tenho uma missão em relação a isso.”

A mensagem que ela deixa aos colegas de profissão e sociedade é: “a gente tem que aproveitar o hoje. Temos que viver o hoje de forma intensa porque não sabemos o dia de amanhã. Nossa família e amigos devem ser nossa prioridade.”

Analisando o trabalho desenvolvido pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Sabryna fala com alegria e orgulho sobre o que foi feito diante da pandemia. “Como eu entrei exatamente no início da pandemia, eu sei que foi um desafio muito grande para todo mundo. Mas ele (o HOUC) conseguiu fazer um ótimo trabalho, mesmo com todas as dificuldades e incertezas. Foi um trabalho sensacional”, relata.

A esperança…

Com todas as baixas nos casos graves de COVID-19 e a chegada da vacina, a enfermeira diz ter esperança de dias melhores em um futuro bem próximo. “A gente já está em um momento bem diferente. Inclusive a UTI-DIP fechou para recebimento de pacientes com COVID. Então quando tiramos o jaleco e vemos que a situação está melhor… isso é motivo de muita esperança”, diz ela.

“Esses dias eu estava lendo um livro que diz que para alguns a dor tem o potencial de destruir e para outros ela tem o potencial de construir. Então eu acredito que, embora a dor nos tire da zona de conforto, pra mim ela serve também para construção para que a gente possa levar fé e força”, destaca. E completa: “Eu acredito em Deus e acredito que nada acontece por acaso. Para tudo existe um propósito, inclusive para a pandemia. E isso traz lições para todo mundo, independente de credo, raça ou situação financeira.”

Apesar de todas as lutas diante da pandemia, Sabryna consegue sorrir, agora, mesmo por trás da máscara.

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Calendário de reforço para vacina contra COVID-19 é anunciado no PROCAPE

O pronto-socorro cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) anunciou o calendário de vacinação contra a COVID-19 para a dose de reforço. A ação está acontecendo no centro de estudos, no primeiro andar da unidade hospitalar, que fica no bairro de Santo Amaro, Recife. O horário de atendimento para este serviço é das 08h às 12h. É necessário que o servidor apresente o documento de identificação (crachá) e o cartão de vacinação para comprovar a aplicação das duas doses. O imunizante é a vacina da Pfizer.

No calendário, as datas estão distribuídas da seguinte forma:

De 05 a 08 de outubro o atendimento está destinado aos trabalhadores das UTI’s, emergência, bloco cirúrgico e hemodinâmica. De 13 a 15, ainda deste mês, o serviço será prestado aos servidores das enfermarias, ambulatórios, CME e métodos complementares. Por fim, as datas de 18 a 22 de outubro estão destinadas ao setor administrativo e os demais.

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UPE lança Mapeamento Situacional da COVID-19

A Comissão Setorial de Retomada das Atividades Presenciais na UPE deseja conhecer a situação de adoecimento dos seus docentes e servidores técnico administrativos pela COVID até a presente data, bem como o percentual de vacinados nesses grupos de servidores.

Para ter acesso ao formulário com as perguntas, basta scanear o QR code na imagem ou entrar no site que está disponível neste link: https://forms.gle/2KLQmerJwYjPCtN87

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Diretores do SINDUPE se reunem com secretário Lucas Ramos sobre progressão de faixa de servidores que trabalharam na pandemia

Aconteceu nesta quarta-feira (17) uma reunião entre alguns diretores do SINDUPE e o secretário de ciência, tecnologia e inovação, Lucas Ramos. A pauta foi a progressão de faixa de 100% dos servidores do complexo que participaram do enfrentamento a pandemia. Isso porque, até o momento, só a metade recebeu a progressão conforme a lei complementar 101/2017. Sobre o assunto, o secretário informou que irá tratar com o governador.

Outro ponto discutido foi o pagamento da gratificação de desempenho pela média aritmética dos três primeiros meses de 2020 durante a pandemia. O secretário disse que o assunto será abordado junto a secretaria de saúde. O secretário informou ainda que assim que conseguir agendar a reunião a diretoria do SINDUPE será informada para que possa participar das negociações.

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Diretoria se reune com reitor e superintendente do complexo hospitalar para tratar da campanha de vacinação contra o COVID-19 nos hospitais da UPE

Na manhã desta quarta-feira (20), a diretoria do SINDUPE compareceu a uma reunião com o professor Pedro Falcão (reitor da UPE) e com o Dr. Gustavo Trindade (superintendente do complexo hospitalar da upe) para tratar da campanha de vacinação contra o COVID-19 no complexo hospitalar da UPE.Sobre a campanha, o reitor informou que as diretrizes são definidas pela SES e sua equipe. Os hospitais do complexo informam os setores e os profissionais que trabalham diretamente no enfrentamento ao vírus e a coordenação da campanha de imunização manda as equipes de vacinação com as respectivas vacinas. Os setores priorizados são definidos pela coordenação da secretaria de saúde do Estado.

O SINDUPE apurou a situação junto aos servidores e estima que, nesse primeiro momento, vários servidores iriam precisar esperar um pouco mais para serem imunizados e, por isso, se comprometeu a cobrar do Governo. Foi solicitada uma reunião com o secretário de saúde para obter maior suporte aos servidores da UPE que estiveram no enfrentamento à pandemia.